Seu filho não come e você já tentou de tudo? Leia essa historia!
- Claudia de Cássia Ramos
- 16 de fev. de 2021
- 3 min de leitura
Atualizado: 12 de abr. de 2021
Qual mãe já não fez de tudo para seu filho comer? Isso pode significar misturar vários alimentos numa vitamina ou sopa, esconder alimentos embaixo de outros, mentir, mudar o nome dos alimentos, fazer aviõezinhos, oferecer para os gatinhos, isso sem falar das trocas, dos castigos, das brigas, dos choros...
A dificuldade alimentar gera estresse para a família toda e a criança não e a única afetada com essa situação. E comum ouvir as mães dizerem que se sentem muito frustradas e culpadas por essa situação. Geralmente as refeições e os momentos de alimentação se tornam verdadeiras batalhas envolvendo toda a família, as quais devem ser enfrentadas várias vezes ao dia, todos os dias.
As vezes apenas mencionar o nome de determinada comida pode significar o início de um confronto. Isso era o que acontecia na casa de X, uma criança extremamente seletiva. Vou contar aqui essa historia que li, porque acho muito interessante para ilustrar um pouco da situação vivida pelas famílias que enfrentam esse tipo de problema e para ilustrar também uma nova forma de olhar essas crianças.
“A mãe de X misturava queijo cottage dentro de sua vitamina, porque ele ainda não conseguia ler a palavra no rótulo e era uma ótima forma de aumentar a quantidade de proteína e gordura sem chamar atenção para os ingredientes.
Certos nomes eram proibidos e queijo era uma delas. A mínima menção da palavra queijo causava extremo desconforto, do qual ninguém na família se beneficiava, portanto ele era chamado na família de “aquela coisa”! Pizza de queijo era chamada de pizza daquela coisa!
Ate que um dia tudo isso veio a tona e ele percebeu que “aquela coisa” da pizza era queijo... Falta de ar, choque, todas as orações foram realizadas para que a tal da pizza de coisa não desaparecesse do cardápio de X.
Naquele momento, algo aconteceu e ele delicadamente retirou o queijo da pizza e continuou comendo, sua mãe respirou fundo e
observou da forma mais natural e sem fazer nenhum comentário a respeito, afinal cada um come sua pizza da maneira como quer!
Aos poucos, a partir daquele dia, ele foi se familiarizando com a palavra e com outros tipos de queijo, primeiro podendo falar sobre eles, depois podendo toca-los e posteriormente
experimentando alguns deles.
Era um sentimento de vitória para ele, como de quem venceu
uma grande batalha!!
Um dia ele se deparou com uma cheesecake e se encantou com o fato de poder haver queijo dentro de uma torta! Quis experimentá-la....
Com lagrimas nos olhos, sua mãe pode ouvir as palavras: a mehor torta do mundo!”
Nos parece que a batalha contra o queijo foi vencida nessa história, mas podem existir outras. O que podemos tirar de exemplo dela? O respeito ao momento de cada um.
Nenhuma criança deve ser forçada a comer algo para o qual não esteja preparada!
Algumas precisam de mais tempo do que outras para se sentirem confortáveis com determinados alimentos. Elas precisam participar das refeições como qualquer outro membro da família e terem o direito de fazer suas próprias escolhas. Esse e o primeiro passo para o estabelecimento da confiança, que e a base de qualquer caminho a ser seguido em relação a alimentação.
A criança precisa se sentir segura que não será forçada a comer!
Sair de um lugar onde exista medo e ansiedade para outro onde se encontre alegria e prazer não se consegue com recompensas, castigos e barganhas.
Comer uma simples cheesecake pode ter um significado enorme e ser um passo decisivo dentro dessa jornada. Com confiança, o caminho pode ser longo, mas você pode estar certa de que segue o caminho correto.

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