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Esse é um livro de colorir para as crianças com dicas de alimentação para os pais!
Uma boa mastigação é fundamental para o sucesso da alimentação. Você sabe como está a mastigação do seu filho?
E o desenvolvimento sensorial? Saiba que ele é muito importante para a aceitação alimentar.
Nesse ebook, além de orientações sobre a mastigação, você encontrará também um quadro sensorial para utilizar com seu filho. Tudo isso com muita diversão e brincadeira.


Bem vindos à mesa!

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  • Quais as causas das dificuldades alimentares?
    Problemas de alimentação podem ser muito complexos. Eles são, usualmente, causados por uma combinação de fatores. Eles podem ter causas orgânicas associadas, físicas, sensoriais, motoras-orais, psicológicas, comportamentais entre outras. Alimentação é um processo biopsicossocial.
  • O problema de uma criança que não come é orgânico ou comportamental?
    Vários estudos e pesquisas mostram que entre 65-95% de todas as crianças com dificuldades alimentares tem uma combinação de problemas orgânicos e comportamentais. Se você tem um problema físico que impede a alimentação, você rapidamente irá aprender que comer não é algo agradável, ou machuca e uma série de comportamentos para evitar a alimentação irão logo se instalar. Se você não come por questões comportamentais, seu status nutricional ou a falta de experiência e de contato com os alimentos irão levar, possivelmente, a alguma desordem orgânica. Portanto, não é adequado criar uma dicotomia nos diagnósticos ou nos tratamentos das dificuldades alimentares
  • Quando começam as dificuldades alimentares?
    Os problemas de alimentação podem começar em qualquer idade, desde a amamentação e durar indefinidamente quando não são acompanhados adequadamente, atrapalhando todo o desenvolvimento da criança.
  • Os problemas de alimentação melhoram sozinhos com o tempo?
    Baseado em pesquisas e literatura, constatamos que muitas vezes isso não acontece. É pouco provável que as dificuldades alimentares se resolvam sozinhas e que as famílias consigam resolver isso sem ajuda especializada. O pediatra é sua primeira referência para queixas alimentares.
  • Quando eu preciso de uma avaliação de um fonoaudiólogo?
    A família deve reportar inicialmente ao pediatra as queixas alimentares e ele fará os encaminhamentos necessários. Saiba que o fonoaudiólogo é um profissional fundamental no acompanhamento das DA na infância, desde a amamentação. Toda criança com alguma dificuldade na introdução alimentar necessita de uma avaliação sensório-motora-oral realizada por um fonoaudiólogo especializado, bem como na presença de recusa, engasgos, tosses e demais queixas. O fonoaudiólogo é o terapeuta alimentar por excelência.
  • Será que meu filho vai precisar de terapia?
    Muito embora existam muitas ferramentas e estratégias que a família pode utilizar em casa, algumas das queixas alimentares ocorrem em decorrências de déficts no desenvolvimento de certas habilidades os quais podem ser a causa da dificuldade alimentar. Esses déficits interferem no desenvolvimento típico da alimentação e devem ser abordadas por profissional especializado que dará o suporte necessário tanto para a criança quanto para a família.
  • O que fazer para as crianças comerem melhor?
    As crianças comem muito melhor quando a comida é interessante e atrativa. Elas também comem melhor quando, no momento de refeição, é possível falar sobre os alimentos de uma maneira positiva e relaxada, sem pressão. Os pais não devem forçá-la a comer. Os pais devem ensiná-las a comer e ensiná-las sobre as características dos alimentos. Os pais devem comer junto com as crianças e comer a comida delas, assim elas se sentem respeitadas e integradas. Elas, também, devem se servir para que aprendam a regular seus sinais de fome e saciedade. Os pais devem compartilhar refeições com as crianças.
  • Meu filho não aceita novos alimentos. O que eu faço?
    Em geral, as crianças precisam de exposições repetidas aos alimentos para aceitá-los. É importante oferecer o mesmo alimento várias vezes para que a criança se acostume com ele. Lembre-se de oferecê-lo de formas diferentes, pois ela pode não gostar de um jeito e gostar de outro, formas de preparo interferem na aceitação alimentar. Tente fazê-lo se aproximar dos alimentos, manipulando-os, sentindo o cheiro, brincando com eles, antes de prová-los. Respeite essa hierarquia sensorial.
  • Devo comer junto com o meu filho?
    Sim, comer é um aprendizado e o adulto tem um papel importante nesse processo. Sentar a mesa e compartilhar uma refeição, comendo a mesma comida são fundamentais.
  • Pode comer na frente da TV ou distraída com brinquedos, IPads, etc?"
    Não, a criança precisa estar envolvida com a alimentação, estar atenta ao que come e às pessoas ao redor da mesa, compartilhando uma refeição. Esse momento é de aprendizado. Para as crianças muito aversivas à alimentação o uso de telas é muito frequente e difícil de ser retirado. Mudanças devem ser feitas gradativamente, garantindo o respeito às necessidades da criança.
  • Posso deixar meu filho comer só o que ele quiser?
    Quem controla O QUE a criança vai comer, QUANDO e ONDE é a mãe. Você não deve deixá-la comer só os alimentos que ela prefere, sem controle e sem horários. Isso é responsabilidade da mãe, porém é a criança que determina o QUANTO vai comer. Lembre-se que não se pode forçar a criança a comer.
  • O que não devo fazer durante a alimentação do meu filho?
    Forçar a criança a comer mais do que ela deseja e não prestar atenção aos seus sinais de fome e saciedade. Fazer tudo pela criança, tirando sua autonomia e sua atenção para o momento da alimentação. Dar autonomia não significa deixar a alimentação ser controlada pela criança. Substituir alimentos e barganhar também não é adequado. Atenção especial deve ser dada a recusa e aos sinais de incômodo.
  • Comer é fácil?
    Comer é a habilidade física mais complexa do ser humano. É a única habilidade humana que envolve todos os sistemas orgânicos. Comer também envolve uma quantidade enorme de músculos. Uma deglutição utiliza 26 músculos e 6 pares de nervos craniais durante sua execução. Além disso, uma criança para comer precisa coordenar todos os seus 8 sistemas sensoriais ao mesmo tempo. Importante destacar o papel da aprendizagem, do desenvolvimento, da nutrição e do ambiente, que também devem estar integrados a fim de garantir que a criança coma corretamente.
  • Comer é instintivo?
    Comer só é instintivo durante o primeiro mês de vida. Do nascimento até o terceiro e o quarto mês de vida nós temos uma série de reflexos motores como o de procura, sucção e deglutição, os quais nos ajudam a comer, enquanto desenvolvemos os controles motores voluntários para a alimentação. Entre o quinto e o sexto mês de vida, esses reflexos motores primitivos desaparecem e comer passa a ser essencialmente um comportamento motor apreendido após o sexto mês de idade.
  • Meu filho vai aprender a mastigar?
    A mastigação é um processo de aprendizado que se inicia antes mesmo da introdução dos primeiros alimentos. Através da exploração oral de objetos e mordedores o bebê vai aprimorando seus movimentos orais. Importante a oferta adequada e no tempo certo dos alimentos sólidos para o contínuo desenvolvimento e aprendizado da mastigação.
  • É preciso usar cadeirão?
    A postura adequada é fundamental para o bom desenvolvimento motor e das funções orais, ajuda na coordenação mão-boca e bilateral, favorece o desenvolvimento da autonomia e a participação nas refeições. O cadeirão ou os assentos adaptados às cadeiras são necessários, evite uso de carrinhos, sofá, colo, etc.
  • Comer é a prioridade número 1 do corpo?
    De fato, respirar é a prioridade número 1 do corpo, seguida pela estabilidade postural como sustentar a cabeça e o tronco. Essas são as prioridades número 2. Comer é apenas a prioridade número 3. Quando a respiração e a estabilidade postural estão comprometidas, comer passa a ser muito difícil. Fique atento aos sinais de recusa, presença de tosses e engasgos, entre outros.
  • Comer é um processo de duas etapas? Sentar e comer?
    Existem, na verdade, 25 etapas a serem vencidas por uma criança com desenvolvimento normal até o ato de comer, enquanto que para uma criança com problemas alimentares e de desenvolvimento, essas etapas são em maior número, o que torna esse processo de aprendizagem muito mais difícil.
  • Se a criança está com fome ela vai comer?
    Isso é verdade para uma população pediátrica em torno de 94-96%. Para o restante de 4-6% da população, as quais possuem dificuldades alimentares, isso não é verificado. Eles podem passar fome, mas continuam sem comer. Para a maioria das crianças com dificuldades alimentares, comer não é direcionado pela fome. Para as crianças com problemas orgânicos associados à dificuldade alimentar, o apetite, geralmente fica alterado e eles, com o tempo, não respondem mais corretamente às suas sensações de fome e saciedade.
  • Não é apropriado tocar ou brincar com a comida?
    Manipular e tocar os alimentos é uma parte normal do processo de desenvolvimento da aprendizagem em relação a comida e o ato de comer. É possível aprender muitas coisas sobre a comida, através do toque e da brincadeira, antes mesmo dela ser ingerida. É uma brincadeira com um propósito definido que vai proporcionar o aprendizado sobre a comida. Se sujar é uma parte importante desse processo.
  • Crianças devem se comportar bem no momento da refeição?
    Pense num bebê de 6-9 meses que começou a aprender a comer e a bagunça e sujeira que ele faz. Até o domínio total das Habilidades de Alimentação (autonomia, uso adequado de utensílios e postura) muita sujeira e bagunça serão necessários! Depois as crianças aprendem boas maneiras à mesa.
  • Quais são os alimentos bons?
    Não é café da manhã, almoço, jantar ou lanche da tarde, etc. Comida é tanto uma proteína, um carboidrato ou frutas e legumes. Embora alguns alimentos possuam um maior valor nutricional do que outros, rotular alimentos entre “bons” ou “ruins” ou “apenas para serem consumidos em determinados horários”, não ajuda a ensinar a criança a comer ou a ter um bom relacionamento com a comida. Se a criança come algum determinado alimento melhor no café da manhã, está tudo bem! Muitas vezes esses alimentos indesejados servem, inicialmente, para ajudar a criança com dificuldade alimentar a aprender a comer ou mesmo a expandir a quantidade de alimentos ingeridos. Ela está enfrentando desafios em relação a alimentação.
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