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Guia para ajudar a criança a aprender a comer sozinha.

  • Claudia de Cássia Ramos
  • 28 de mar. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 11 de mai. de 2021


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Cuidados pessoais são aquelas atividades básicas que realizamos todos os dias, também chamadas de atividades de vida diária. A primeira dessas atividades a ser aprendida é o alimentar-se sozinho, seguida de se vestir, tomar banho, etc.

Alimentar-se sozinho promove muita diversão e é uma oportunidade importante para a criança explorar diferentes experiências sensoriais e sentimentos relacionados aos alimentos. Esse momento é uma grande oportunidade para a criança brincar com a comida e entrar em contato com as diferentes texturas como o áspero, duro, crocante, mole, pegajoso, escorregadio e demais características dos alimentos. Os alimentos possuem diferentes sons, cheiros, sabores, cores e podem ser misturados, cortados, picados, etc., ampliando ainda mais a diversidade de formas e maneiras que podem ser consumidos e apresentados.


Momento de descoberta

Deixe que esse momento seja, sobretudo, de muita alegria, manipulação e descobertas!!

Alimentar-se sozinho pode fazer muita bagunça, mas é através dessa bagunça gostosa que a criança vai ganhando autoconfiança e independência, ficando confortável com as diferentes texturas e características dos alimentos, desenvolvendo força e coordenação motora em mãos e dedos.

Alimentar-se sozinho pode interferir na qualidade da mastigação e deglutição e nos aspectos emocionais envolvidos no ato de comer. Usando garfos, colheres e copos as crianças aprendem o que são utensílios e a importância deles para a nossa vida. À medida que a criança cresce ela passa a usar esses utensílios de forma mais madura, servindo de aprendizado para futuras experiências com tesouras, lápis, giz entre outros.

Uma criança que pratica e aprende a comer sozinha está desenvolvendo:

  • Força em suas costas, braços e mãos;

  • Uso de braços e mãos simultaneamente;

  • Coordenação entre mãos e braços;

  • Coordenação mão-boca.

Crianças com comprometimentos motores ou atrasos no desenvolvimento podem apresentar mais dificuldades em desenvolver essa habilidade. Essa falta de autonomia é considerada um sintoma sugestivo de Dificuldade Alimentar. Deixe que a criança seja o guia do seu próprio desenvolvimento, mostrando o seu ritmo de aprendizado.

É importante ressaltar que a atitude do cuidador frente à alimentação pode influenciar a autonomia das crianças:

  • Ofereça oportunidades de aprendizado;

  • Encoraje as crianças a se alimentarem sozinhas sempre que possível;

  • Ofereça os desafios e não faça por ela o que ela já é capaz de fazer sozinha.


Brincando e aprendendo

Essa habilidade, assim como várias outras, se desenvolve gradativamente, passando de movimentos mais simples para os mais complexos, de acordo com o ritmo e as características individuais de cada criança. A imitação pode ser uma boa ferramenta no desenvolvimento da habilidade de alimentar-se sozinho. Inclua nas brincadeiras das crianças atividades que possam ajudá-las nesse processo.

  • Brinque de alimentar uma boneca;

  • Brinque com utensílios de cozinha e faça festas imaginárias, picnics das bonecas, etc.;

  • Brinque de massinha de modelar e corte, pique, espete;

  • Use colheres e copos no tanque de areia;

  • Use sua imaginação!!

As idades aqui apresentadas servem somente como um guia, é importante considerar as variações individuais e o ritmo de cada criança. Algumas podem demorar mais numa fase e menos em outra, podem gostar mais de uma maneira e menos de outra, enfim, o importante é sempre oferecer desafios observando a fase de desenvolvimento em que se encontram.


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Artigo escrito para 4Daddy.

Link para o artigo original:





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